Inspirações para The Last of Us, a versão de The Last of Us para o PlayStation 4, Left Behind, remake de Uncharted no PlayStation 4, e a possibilidade ressuscitar de Crash Bandicoot foram os temas abordados na entrevista.
Meyer falou ainda de como Remastered ajudou a equipe a perceber melhor a arquitetura da plataforma e como isso vai definir os próximos jogos a chegarem à plataforma, além de nos deixar espreitar pelo buraco da fechadura e perceber um pouco melhor como a produtora se prepara para os seus jogos e, inevitavelmente, como ouvem os fãs.
VideoGamer Portugal: Agora que The Last of Us Remastered está praticamente a duas semanas de chegar ao mercado, a equipe da Naughty Dog pode finalmente tirar algumas semanas de férias e ter algum descanso ?
Mas todos conseguiram descansar o suficiente para que trabalhar neste jogo e continuar trabalhando em Uncharted não foi um problema. É sempre interessante ter projetos do início ao fim desta maneira.
VG: A equipe disse que enquanto trabalhavam em The Last of Us Remastered e que foi um inferno. Como é que trabalhar no PlayStation 4 e lançar um produto final ajudou a Naughty Dog a conhecer melhor a plataforma ?
Portanto, decidir que vamos pegar um jogo e colocá-lo no nosso motor do PlayStation 4 nos ajudou a usar as nossas ferramentas e fazer chegar vários pontos do motor ao patamar de jogos mais rapidamente, por isso foi uma ajuda e nos beneficiamos em fazer isso, penso que também nos vai ajudar a extrair o motor de forma mais rápida.
VG: Tenho uma questão sobre um livro: A Estrada. Sem querer comparar o jogo e o livro, julgo que o sentimento de viagem, de confiar em quem nos rodeia num ambiente tão hostil, é compartilhado. A Naughty Dog foi inspirada por alguma obra quando o Neil [Druckmann] começou a escrever o jogo ?
Existe um livro - quem me dera saber o nome de cor - mas existe um livro que explorou o quão rápido o mundo se deterioraria se não estivéssemos as ervas e cuidar dele, o que tornou bastante interessante perguntar: o que acontecerá quando tudo desabar? Mesmo pormenores: o Neil e Bruce foram ver "Este País não é para Velhos", ironicamente, é também uma história de Cormac McCarthy, e o que foi mais interessante foi o drama e a tensão entre os personagens e o fato de que no filme, basicamente não há música. E foi interessante perceber até onde podíamos desfazer-se e não estarmos dependentes de criar um ritmo com a música. É por isso que temos tão pouca música nos nossos jogos.
A Estrada foi bastante interessante porque nos contou uma história de um gênero que nos é bastante familiar, uma história pós-apocalíptica. Mas era sobre a relação entre as personagens e isso é algo em que sempre estivemos interessados.
VG: E por falar na trilha sonora, estão planejando trabalhar novamente com o Gustavo Santaolalla?
VG: Ainda sobre a música. Na semana passada foi publicado um vídeo de Taylor Davis tocando em um violino o tema de The Last of Us. Você continuar sendo surpreendido com o fato de o jogo continuar sendo inspiração para tantas demonstrações artísticas dos fãs ?
VG: Muitas pessoas querem The Last of Us 2 e muitas pessoas querem que a Naughty Dog deixe a série ficar como está. Como é que lidam com essas opiniões, que não podiam ser mais opostas ?
Se estivermos falando de qualquer sequência, mesmo se for Uncharted, se olharmos para uma potencial história e dissermos "Sabem qual é, não está dando resultado ou não devíamos ter começado isto", então não o fazemos. Penso que este processo de seleção tem em consideração os dois lados [produtora e os fãs].
VG: Como a Rockstar, por exemplo, a Naughty Dog tem muitas séries que as pessoas querem que continuem e, obviamente, não podem criar sequência para todas. É difícil dizer não aos jogadores ?
VG: É um bom problema ?
VG: Left Behind surpreendeu muitos jogadores. Foi fácil tomar aquela decisão [sobre o momento mais marcante do DLC] e temiam que os jogadores tivessem um tom repudiante com as personagens ou acham que o público é parte da vida, parte das vidas das personagens ?
Os jogadores reagiram como se elas fossem pessoas e não como, talvez, caricaturas. Penso que se resume à maneira como ficam tão emocionalmente ligados aos personagens e à história, e isso foi um dos nossos objetivos e penso que encaixa a maneira de como a comunidade reagiu.
VG: Penso que foi também devido à maneira como tudo foi tratado com bom gosto.
VG: Quando The Last of Us foi publicado, o Neil e o Bruce disseram que ficaram surpreendidos por alguma critica feita à Naughty Dog pelo uso e execução das protagonistas femininas no jogo. Isto foi em 2013 e agora estamos em 2014. A mentalidade mudou?
Penso que essa conversa é muito importante para a indústria. À medida que mais pessoas estão chegando aos jogos, queremos nos certificar que há algo para todos e precisamos perceber que o mundo é muito diversificado e reconhecer que isso existe. As pessoas são críticas sobre isso e chamarem a atenção para representações incorretas ou representação insuficiente (inaudível) todos os tipos de mídia e é excelente estarmos tendo essas conversas. Apenas de ter essas conversas já é muito importante para começar.
VG: Shuhei Yoshida disse que Uncharted era um bom candidato para ser remasterizado no PlayStation 4. Concorda com ele ?
VG: Uma última pergunta. Andrew House disse para não fechar as porta ao regresso de Crash Bandicoot. Vocês querem fazê-lo?
O vídeo de Taylor Davis tocando em um violino o tema de The Last of Us Logo abaixo:
FONTE: Videogamer.
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